Manaus-AM| O motorista de aplicativo, Paulo Lima, de 37 anos, foi indiciado nesta sexta-feira (14) por lesão corporal, após espancar um passageiro durante uma corrida, em Manaus. A vítima, Clayton Oliveira, de 22 anos, alega que foi agredido por ser homossexual. A polícia abriu um inquérito para investigar se houve crime de homofobia.

O designer afirma que ao entrar no carro, foi questionado pelo motorista se ele era gay. Ao responder que sim, ainda conforme o relato, foi agredido com vários socos. O caso está apurado pelo 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o suspeito e a vítima prestaram depoimentos na tarde desta sexta, e contaram versões diferentes.

De acordo com a polícia, o suspeito confessou ter desferido um soco no rosto do rapaz, mas como um ato de defesa de suposto assédio.

“Ele alega ter sido apalpado pela vítima. Desde antes de entrar no carro, já havia mandado mensagens sugerindo atos sexuais. Segundo o condutor, ao entrar no carro, o rapaz estendeu a mão e segurou a genitália do motorista, que afirmou ter dado um soco para tentar fugir das investidas”, disse.

“Quando ele entrou, notei que estava visivelmente embriagado. Pegou nas minhas pernas e depois colocou a mão nas minhas partes íntimas, minha reação foi de defesa. Achei um absurdo. Além de a gente colocar nossa vida em risco durante a noite, por aplicativo, ainda acontece uma situação dessa”, completou o motorista.

O motorista disse, ainda, que já contatou um advogado e irá entrar com uma ação na justiça contra o passageiro, por calúnia, assédio moral e difamação.

Conforme o delegado João Neto, titular do 10° DIP, o caso foi registrado como lesão corporal e somente as investigações devem apontar se houve crime de homofobia ou não.