MANAUS (AM) – O movimento de bolsonaristas que fica em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, vem perdendo forças e definhando. Após 20 dias do resultado das eleições, nenhum apelo surtiu efeito.
No último dia 15 de novembro, dia da Proclamação da República, era aguardado que a intervenção militar ocorresse, mas os militares não saíram do CMA e só houve trânsito intenso, muito bandeiraço e hinos.
Nesta terça-feira (22), imagens mostram que já são poucos os que insistem em contestar o resultado das eleições. Desde a decisão da juíza federal Jaíza Fraxe, também do dia 15, mais fiscalizações estão ocorrendo no local, principalmente apurando se crianças permanecem no local bem como se a altura do som continua além do permitido.
Por conta disso, muitos estão desistindo de permanecer acampados e os empresários que bancam alimentação, banheiros químicos e outros insumos também desanimaram em continuar “gastando”.
Derrotas
Mais cedo, Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, entraram com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação de votos feitos em cinco modelos de urnas no segundo turno das eleições de 2022. A alegação é de que houve “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em determinados modelos.
O partido alega ter vencido o segundo turno, mas o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, rebateu prontamente a alegação e cobrou dados também do primeiro turno, quando o PL conseguiu eleger a maior bancada, com 99 deputados federais e 8 senadores.
Segundo Alexandre, as urnas foram usadas nos dois turnos, mas o partido só quer invalidar o segundo, o que não faz sentido. O partido, porém, diz que não houve fraude.
A segurança das urnas já foi comprovada pelo TCU, pela OAB e pelas Forças Armadas.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta terça-feira, considerar que a vitória do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é “um fato inquestionável”.