São Paulo – O Ministério Público Federal (MPF) protocolou nesta terça-feira (5) perante o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) um recurso contra a concessão de habeas corpus ao bicheiro Carlos Alberto Almeida Ramos – conhecido como Carlinhos Cachoeira –, o ex-presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, e a outras três pessoas presas na última quinta-feira (30). O grupo foi detido pela Polícia Federal sob acusação de integrar um esquema de lavagem de dinheiro que teria se apossado de R$ 370,4 milhões em recursos públicos.
De acordo com o MPF/RJ, o advogado Técio Lins e Silva, que defende Fernando Cavendish, um dos cinco presos na operação, já defendeu Athié no passado, o que configura conflito de interesses.
A procuradora regional da República Mônica de Ré, representante do MPF nos autos, disse que há inclusive demonstração de laços de amizade entre o desembargador e o advogado que representa Cavendish.
“Sem pretender fazer juízo de mérito sobre o julgamento realizado, não há como se recusar a constatação de que as circunstâncias descritas retiram do magistrado o distanciamento e a imparcialidade necessários à apreciação desse processo, sobretudo pelo fato de Fernando Antônio Cavendish Soares constar como parte”, disse a procuradora.
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