RIO DE JANEIRO | Germaine Herculano dos Santos, de 43 anos, foi internada junto com a filha, Kamilly Ribeiro, de 17 anos, em um hospital público na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, no início de março.
Elas deram entrada na unidade hospitalar apresentando sintomas da Covid-19 e permaneceram isoladas juntas. Dois dias depois foram encaminhadas para o Hospital Moacyr do Carmo, na mesma cidade.
Germaine, que faz parte do grupo de risco por ser hipertensa, se recuperou dias depois e recebeu alta. Já Kamilly, que não tinha nenhuma doença pré-existente e não se enquadrava entre os pacientes de risco, apresentou complicações graves e acabou não resistindo.
Segundo a mãe da adolescente, os médicos ficaram surpresos com a morte da garota, que não esperavam que o quadro dela iria ficar tão agravado. Chegou um ponto que eles não sabiam mais o que fazer para melhor o quadro dela, pois ela não respondeu ao tratamento à base de cloroquina. “É uma coisa difícil de entender”, analisa a mãe.
Casos como o de Kamilly mostra que jovens, assim como qualquer outra pessoa, não estão imunes ao vírus, independente do porte físico, idade, se está ou não no grupo de risco. Jovens saudáveis têm entrado para as estatísticas tanto quanto os pacientes considerados do grupo de risco.
“A minha filha era totalmente saudável, nunca ficava doente. Desde o princípio, sempre achava que ela fosse se recuperar. Nunca pensei que ela seria vítima desse vírus”, lamentou Germaine.
A dona de casa não participou da cerimônia de despedida do pai, assim como também não conseguiu se despedir da filha. Ela ainda apresentava sintomas da covid-19 e foi orientada a permanecer isolada em casa.