Manaus – “Não consigo voltar mais para a minha própria casa, pois tenho medo de ser perseguida por esse monstro. Hoje a sensação é totalmente de medo”. As palavras de desespero são da atendente *Maria da Silva, 24, que prestou queixa por estupro e roubo contra Gabriel Silva, 19. O crime ocorreu na noite da última quarta-feira, na casa da vítima no Novo Aleixo, Zona Norte. O suspeito chegou a ser preso na noite de quinta-feira no bairro Educandos, Zona Sul, mas como havia passado o período do flagrante, irá responder em liberdade. No momento da prisão, os policiais encontraram o celular da vítima nos bolsos da calça dele.
Maria relatou ter conhecido Gabriel no Facebook, há quatro meses. Desde então eles vinham se comunicando por mensagens diariamente. Na noite do ocorrido, por voltas das 23h, ela estava com um casal de amigos num lanche perto de casa quando Gabriel enviou mensagem informando estar nas redondezas e que este seria o momento apropriado para eles se conhecerem. “Ele foi até meu encontro e depois veio me deixar em casa. Quando chegamos, me pediu um copo de água e no momento em que eu abria o portão, me empurrou para dentro e fechou a porta”, relatou.
Desmaio
Maria contou que o agressor a sufocou até ela perder o sentido. Em seguida, a violentou. No meio do ato, a vítima acordou e começou a ser sufocada novamente. “Ele falava que iria me matar, mas como estava de bom humor não seria a facadas. Foi horrível”.
Depois disso, Maria disse que voltou a perder os sentidos e quando acordou estava amarrada no banheiro. “Comecei a gritar até que consegui me soltar, mas encontrei meu portão trancado. Peguei uns copos e comecei a jogar na rua até que alguém ouvisse. Minha casa estava totalmente revirada. Foi quando percebi que ele havia me roubado”, afirmou.
Os vizinhos de Maria ouviram o barulho e correram para socorrê-la. A vítima foi levada por familiares à delegacia para registrar a ocorrência. Depois, os parentes dela começaram a procurar por Gabriel. No dia seguinte, eles o encontraram nas proximidades da quadra da Escola de Samba do Morro da Liberdade, onde o suspeito foi detido pela polícia, mas, em seguida, liberado, pois havia passado o tempo para a prisão em flagrante.
*Nome fictício para preservar a identidade da vítima
Flagrado com o celular
Quando Gabriel foi detido, os policiais encontraram no bolso da calça dele o celular da vítima. Além do celular, Maria disse que não encontrou mais joias, óculos e outros pertences. Como havia passado o período do flagrante, os policiais informaram que ele iria responder o crime em liberdade.
Com informações Portal Acrítica.
Foto: Deborah Azevedo/Rede Amazônica