Manaus – A dona de casa Ilcevane Silva Falcão, de 38 anos, foi assassinada com três tiros na cabeça, por volta das 22h desta quinta-feira (10), depois de sair de um culto na rua 1 de Maio, bairro Compensa 2, Zona Oeste de Manaus.
De acordo com os familiares, no momento do crime, a vítima estava acompanhada do filho mais novo de quatro anos e algumas amigas, quando dois homens chegaram em uma motocicleta. Eles pediram para as pessoas se afastarem e fizeram os disparos. A dona de casa morreu na hora. Os suspeitos, que não estavam usando capacetes, fugiram sem ser identificados.
“Eles não respeitaram nem a bíblia que estava debaixo do braço dela, foram cruéis”, lamentou uma irmã de Ilcevane, que preferiu não se identificar.
A família da vítima informou que a dona de casa estava recebendo ameaças constantes, devido a uma ‘rixa’ de Elcivane, com alguns criminosos do bairro.
“Ela era casada com um policial há 16 anos, que morreu em um acidente de trânsito. Os traficantes do bairro a acusava de entregar o tráfico e assaltos aqui da Compensa. Nunca nos disse quem era a pessoa que a ameaçava, mas já havia feito um boletim de ocorrência, devido a intimidações que sofria”, contou a irmã.
Atentados
A vítima havia sofrido uma tentativa de homicídio em setembro do ano passado, também na Compensa. Segundo os parentes, ela foi atingida com cinco tiros, que lhe acertaram a coluna cervical e a cabeça. “Ela fez várias cirurgias no hospital João Lúcio e convivia com uma bala alojada na coluna, que não pôde ser removida”, contou um familiar.
Ao sofrer o primeiro atentato, Ilcivane mudou-se para o bairro Tarumã. De lá, ela ainda recebia ameaças por mensagens com conteúdos ameaçadores, como, se ela voltasse para Compensa seria morta, somente com tiros na cabeça.
A irmã informou que a dona de casa, voltou para a Compensa há cerca de um mês. No último domingo ela foi ameaçada. “Ela estava cansada de se esconder, não devia nada para ninguém e voltou pra casa dela. Domingo, quando conversava com um vizinho, apareceu um homem e pediu para o vizinho sair de perto dela, mas como o vizinho não saiu, e a rua estava movimentada, ele foi embora a pé”.
A irmã rebate as informações de pessoas do bairro, que chama de equivocadas. “Andam falando por aí que ela era envolvida com o tráfico de drogas, mas ela não tinha necessidade disso, pois recebia a aposentadoria do esposo. Sabemos que ela consumia drogas, mas não era com frequência. Queremos justiça e entregamos tudo nas mãos de Deus”, finalizou a irmã da vítima.
O velório de Ilcivane, está acontecendo a poucos metros da casa ela onde morava e do local onde foi morta. A vítima deixou dois filhos, uma adolescente de 17 anos e um menino de quatro. Imagens de câmeras de segurança de comércios e casas próximas, onde ocorreu o crime, devem ajudar nas investigações.
Com informações Em Tempo