GOIÂNIA – Yeda Batista da Silva, de 46 anos, morreu após ser espremida durante confusão em açougue bolsonarista em Goiânia, que resolveu vender uma “picanha mito” ao valor de R$ 22, no último domingo (2), em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A mulher teve um problema vascular.
Yeda tinha ido ao local com o marido comprar a carne para o aniversário da mãe. A promoção usava o rosto do candidato à reeleição e trazia alguns símbolos usados por Bolsonaro. Para comprar o quilo pelo valor promocional, só se usasse a camisa da seleção brasileira.
Quando o Frigorífico Goiás anunciou a promoção de mais de R$ 100 – o valor original da picanha era R$ 129,99 -, longas filas e aglomerações se formaram na porta do estabelecimento.
Clientes forçaram a entrada, entraram em confronto entre si e fizeram com que as portas de vidro do frigorífico se quebrassem. Os seguranças tentaram conter a multidão, mas acabaram empurrados.
Na confusão, a mulher acabou passando mal e voltou para o carro, para esperar o marido. Ao retornar, o esposo encontrou Yeda se queixando de dores na perna e com a mesma muito inchada.
A mulher foi ao hospital e depois transferida para uma unidade especializada em angiologia, mas não resistiu e morreu após sofrer uma hemorragia.
O frigorífico, que já teve o cantor Gusttavo Lima como um dos sócios, demonstra apoio a Bolsonaro desde antes das eleições de 2018. Em meio a notícias que mostraram as filas de pessoas em busca de ossos em açougues e das compras de toneladas de carnes nobres para militares, a empresa manteve o apoio incondicional ao autoproclamado “mito” nos últimos anos.