RIO DE JANEIRO | Uma das cenas marcantes da tragédia em Petrópolis foi a de Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, usando uma enxada para cavar a lama e tentar encontrar parentes soterrados. No início da tarde, a agonia se transformou em dor: a moradora de Juiz de Fora (MG) recebeu a confirmação de que a filha, Maria Eduarda Carminate de Carvalho, de 17 anos, tinha tido o corpo reconhecido.
“Minha filha era a coisa mais linda que tem no mundo. Te juro por deus. Uma princesa, 17 anos”, disse Gizelia.
‘É uma bebê de 1 ano debaixo dessa lama’, diz parente de vítimas em Petrópolis
A mãe saiu ainda de madrugada, de Juiz de Fora, a cerca de 120 quilômetros de Petrópolis, para buscar pela filha. Usou as mãos e outros objetos para tentar escavar. Chegou a perder a unha de tanto tentar cavar.
Gizelia contou que Duda foi encontrada no sofá abraçada à madrinha, Tânia, e à neta dela, a bebezinha Helena, de 1 ano.
Mais cedo, Gizelia cobrava ajuda para tentar achar os parentes. “Tem que mexer, mas ninguém tá mexendo. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama.