Manaus – A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), falou na manhã desta segunda-feira (4/2), durante coletiva de imprensa, sobre o cumprimento de mandado de prisão preventiva por latrocínio em nome de Marinéia Rodrigues da Rocha, 35. A infratora foi presa pela equipe da Depca, na tarde de domingo (3/2), durante diligências em torno de suposto sequestro da filha dela, uma criança de quatro anos.
De acordo com a autoridade policial, na manhã de domingo (3/2), por volta das 9h30, um homem de 42 anos compareceu até a Depca para informar que havia encontrado, na noite do último sábado (2/2), por volta das 21h30, uma criança de quatro anos em estado de vulnerabilidade, na rodovia Deputado Vidal de Mendonça, bairro da Paz, zona centro-oeste de Manaus.
“O homem relatou que a mãe da criança estava extremamente embriagada e que a criança estava correndo o risco de ser atropelada naquela via, muito movimentada. Ele então pegou a criança, levou para a casa dele, fez fotos, divulgou nas redes sociais que havia encontrado a criança de quatro anos e, na manhã do dia seguinte, compareceu até a Depca para entregar a criança. Imediatamente acionamos a mãe para vir até a especializada para os procedimentos cabíveis. Ela relatou que a criança supostamente teria sido sequestrada, após ela ter desmaiado, e que não viu quem havia levado a menina”, relatou Coelho.
Conforme a delegada, a criança não apresentava qualquer lesão corporal aparente. Estava sorrindo, mas em razão de ter passado à noite com estranhos, foram requisitados os exames periciais necessários. “A responsabilidade dos pais será apurada, pois o pai estava com a esposa e filha antes dela ser levada e as deixou sozinhas. A criança foi entregue ao pai, mas tudo será analisado com o intuito de garantir a segurança da menina”, enfatizou.
Ordem Judicial – A titular da Depca explicou que durante o registro do Boletim de Ocorrência (BO) os policiais civis verificaram, durante consulta ao Sistema Integrado de Segurança Pública do Amazonas (Sisp), a existência de mandado de prisão preventiva por latrocínio em nome de Marinéia. A ordem judicial foi expedida no dia 9 de julho de 2013, pelo juiz Jaime Artur Santoro Loureiro, da 2ª Vara Criminal.
“O crime ocorreu no dia 20 de outubro de 2002, quando Marinéia se envolveu em uma confusão com um homem em uma festa. Na época, ela acabou desferindo um golpe de faca na vítima, que tinha 26 anos. Em seguida, ela subtraiu pertences do rapaz, como aparelho celular, relógio e dinheiro. A vítima não foi a óbito, mas sofreu lesões graves. Marinéia compareceu durante o Inquérito Policial (IP), mas quando a Justiça a denunciou pelo crime de latrocínio, ela não se apresentou mais, passando a ser considerada foragida da Justiça”, relatou a autoridade policial.