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Murad Aziz, Sabino Castelo Branco, Lino Chíxaro: veja quem são os alvos da Operação Cash Back

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Manaus – A operação deflagrada pela Polícia Federal é resultado da análise pericial realizada em diversos aparelhos celulares e computadores dos envolvidos na operação “Maus Caminhos”, que identificou a participação de empresários, políticos e advogados envolvidos no esquema de corrupção, que desviou cerca de meio bilhão  de reais destinados a saúde do Estado do Amazonas.

Segundo a PF, o grupo atuava com a falsificação de notas fiscais, empresas fantasmas e lavagem de dinheiro. Todos os presos na “Operação Cashback” tem envolvimento com o empresário e médico Mohamed Mustafá, dono de uma cooperativa de saúde e apontado como chefe esquema. Conforme a investigação, ele se beneficiava com licitações fraudadas para prestar serviços em troca de pagamento de propina a políticos e funcionários públicos.

Ainda segundo a PF, o principal crime identificado é de peculato, que consiste na apropriação de dinheiro público. Entres os presos estão Murad Aziz, empresário e irmão do senador Omar Aziz (PSD), o advogado Lino Chíxaro, ex-diretor-presidente da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), o empresário Sérgio Bringel, dono de diversas empresas que fornecem serviços hospitalares para o estado. O ex-deputado federal Sabino Castelo Branco (PTB), também foi alvo da operação no entanto, ele não foi preso devido seu estado de saúde.

Envolvidos

Segundo o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, o empresário Murad Aziz participava do esquema criminoso através do tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O empresário ainda é dono da academia AZ fitness, que segundo a PF era utilizada para lavagem de dinheiro desviado da saúde.

Além de Murad Aziz, também foi preso o advogado Lino Chíxaro, que segundo investigação assessorava o esquema colaborando com a atividade ilícita e além disso recebia dinheiro como prestador de serviços das empresas que desviavam recursos da saúde.

O empresário Sérgio Bringel, proprietário do Grupo Bringel que presta serviços hospitalares para o estado, também foi preso durante a operação. Segundo a Controladoria Geral da União foi identificado em um dos contratos da empresa de Bringel com estado o superfaturamento  no valor de R$ 550 milhões, para prestação serviços de esterilização.

O ex-deputado federal Sabino Castelo Branco também foi alvo da operação Cash Back, deflagrado pela Polícia Federal (PF), na manhã de quinta-feira (11). De acordo com a Polícia Federal, o ex-parlamentar é um dos principais beneficiários dos recursos públicos federais desviados por meio da empresa Confiança Segurança Patrimonial, que mantinha diversos contratos com o Instituto Novos Caminhos (INC), de propriedade do médico e empresário Mouhamad Moustafa, apontado como líder do esquema criminoso que desviada recursos da saúde do Estado do Amazonas descoberto na Operação Maus Caminhos.

De acordo com a investigação, Sabino teria se irritado com Mouhamad após um discussão sobre o controle da empresa Total Saúde investigada na primeira fase da Maus Caminhos. O parlamentar queria o controle acionário da empresa e conforme o inquérito, só desistiu após intervenção do senador Omar Aziz (PSD), ex-governador, e irmão de Murad Aziz, um dos presos na operação.

Com a prisão do envolvidos, sobe para 11 o número de presos na Operação “Cashback” que é um desdobramento da “Maus Caminhos”. Na manhã desta sexta-feira(12), a juíza federal Ana Paula Serizawa determinou o bloqueio e apreensão de R$ 124 milhões em recursos de 29 pessoas e empresas envolvidas na investigação da operação Cashback.

Confira o nome dos presos na Operação Cashback:

Murad Abdel Aziz

Wasiscley Marcelino

Jonathan Queiroz da Silva

Edson Tadeu Ignácio

Márcio Rogério da Silva

Sérgio Roberto Mello Bringel

André Luiz Barreto Becil

Jader Helker Pinto

Susam

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informa que os fatos relativos à operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (11/10), não são desta gestão, que assumiu a pasta em outubro de 2017. São fatos ocorridos em administrações passadas.

A Secretaria de Estado da Saúde (Susam) informa que os fatos relativos à operação deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (11/10), não são desta gestão, que assumiu a pasta em outubro de 2017. São fatos ocorridos em administrações passadas.

Em relação às empresas do Grupo Bringel, que prestam serviços na Susam, o órgão ressalta que os contratos foram firmados em gestão passada.

Na atual administração, houve redução de até 49% no valor de alguns contratos vigentes, após processo de auditoria realizado logo que esta gestão assumiu. A Susam informa, ainda, que os contratos com as empresas do grupo, que encerraram nesta administração, não foram renovados. Os que estão em vigência já se encontram em processo de licitação.

 

Expressoam:

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