“Eu não quero fazer campanha para o PT nunca mais”, disse. Segundo o pedetista, o posicionamento já havia sido tomado desde o começo. Questionado sobre sua ausência no segundo turno, Ciro rebateu: “A quem que eu estou devendo essa presença? Estou devendo ao PT?”. Ciro afirmou que não quer influir na votação, justificando que os dois projetos apresentados neste segundo turno se antagonizam e “não desarmam essa bomba de ódio, de confrontação miúda”.
O pedetista reforçou que fará oposição a qualquer um que venha a ser eleito. “A minha posição é a mesma de antes. Se eu quisesse aderir a uma ou outra força, eu o teria feito antes. Acredito que o Brasil precisa desesperadamente desarmar essa bomba. Espero muito que esteja errado e que aquele amanhã vitorioso possa desarmar essa bomba por si e possa restaurar a paz política no Brasil, para que a gente possa resolver a equação social e política. Entretanto, eu não acredito.” Segundo ele, a bomba seria a intensa polarização.
No carro, além de Giselle Bezerra, acompanharam o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio (PDT), e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, Zezinho Albuquerque (PDT).
Ciro manteve-se distante dos holofotes durante todo o segundo turno e evitou dar declarações em sua chegada a Fortaleza, na última sexta-feira (26). No sábado, optou por gravar um vídeo em que evitou demonstrar apoio explícito à candidatura petista, como era esperado.
Ciro foi o terceiro colocado no primeiro turno, obtendo mais de 13 milhões de votos (12,47%). No Ceará, foi o candidato mais votado, com 40,95% dos votos. *Com informações Estadão Conteúdo.