MANAUS – AM – Não importa se as pessoas estão adoecendo e morrendo de Covid. O que importa é aglomerar. Com esse pensamento 19 barcos já foram interceptados no Amazonas só este ano. Mesmo com todos os alertas e decretos, essa gente não tem medo e nem respeita a dor dos outros.
O maior exemplo foi o barco Anna Karoline II, pego domingo passado com cerca de 800 pessoas a bordo. Do total de flagrantes, 11 embarcações levavam mais gente que o permitido.
Nada de máscara, de distancimaneto ou álcool gel. Covid? Isso não importa nesses barcos. João Rufino, diretor-presidente da Arsepam, não se conforma. “Nós percebemos que, nas últimas duas semanas, houve um aumento da demanda por esses passeios. No Amazonas, as pessoas não estão entendendo que a flexibilização é gradativa. Que algumas coisas estão sendo permitidas, mas não está tudo liberado. Há essa falta de consciência também, que acaba gerando esse tipo de situação. Se não houvesse demanda por isso, certamente não haveria esse espaço.”
Os donos dos barcos ainda tentam burlar as regras no meio do rio. Saem de Manaus cumprindo as regras e enchem o barco no caminho “Nós estamos identificando essas situações para intensificar nossa fiscalização em outros pontos de acesso dessas embarcações”, ressaltou o diretor-presidente.
“O governo tem se empenhado em conduzir a pandemia da melhor maneira, com todas as medidas necessárias, sem deixar de observar a necessidade da reabertura do comércio. Mas sempre com o principal foco na saúde das pessoas, na segurança das pessoas na pandemia. É bem difícil, mas em razão dessa falta de consciência de uma parte da população, temos intensificado nossa fiscalização”, destaca João Rufino.
Depois não adianta colocar a culpa no Governo. Quem não faz sua parte, definitiamente não tem o direito de cobrar nada. Nem mesmo a salvação quando adoecer.