Manaus – Mais de 97 mil servidores da educação e saúde das redes municipal e estadual esperam conquistar um reajuste salarial acima da inflação, com proposta de até 24%, apesar da crise econômica. No ano passado, as categorias não tiveram aumento real.
Em 2015, os profissionais de saúde do município tiveram reajuste de 8,42%, com ganho real de 1,42% acima da inflação. O pagamento foi feito em duas parcelas.
Este ano, a preocupação do Sindicato dos Profissionais de Saúde (Sindsaúde) é com a manutenção dos empregos. “Ainda não sentamos para conversar, porque estamos preocupados com os profissionais de saúde que estão sendo demitidos”, informou a presidente do Sindsaúde, Cleidinir Francisca Socorro.
A sindicalista ressaltou que até o final deste mês, a categoria vai apresentar uma proposta. A data-base dos profissionais de saúde do Estado é dia 1º de maio, enquanto no município é no dia 2 de abril.
De acordo com a dirigente, a reivindicação para os profissionais do município é de 24% de reajuste mais a revisão do Plano de Cargos Carreiras e Subsídios (PCCS) que, segundo Socorro, ficou acordado ano passado, mas não foi cumprido. A presidente acrescentou que está aguardando retorno da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) sobre a negociação.
A Semsa respondeu, em nota, que está realizando estudos que serão levado a Secretaria Municipal de Finanças (Semef) para decirem juntas “o reajuste possível a ser aplicado”, afirma o comunicado. A Semsa possui 9,1 mil servidores com salários que variam de R$ 1,5 mil para o nível Fundamental a R$ 6,5 mil para os médicos.
Já a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) descartou reajustar dos salários este ano, como o fez em 2015. “A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece um limite para gastos com recursos humanos na área de saúde. O Estado do Amazonas já atingiu esse limite prudencial, ficando impossibilitado de conceder qualquer reajuste sob pena de infringir essa lei”, informou em nota.
Os salários iniciais na Susam vão de R$ 1,3 mil no nível auxiliar a R$ 3,7 mil para nível Superior. Nas duas secretarias há 60 mil profissionais de saúde.
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