Manaus – No Dia Mundial da Água, hoje, mais de meio milhão de pessoas vão ficar sem o abastecimento de água potável na capital amazonense. Em Manaus, o dilema da falta de água nas torneiras, regularmente, fez com que, em 2015, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Amazonas (Arsam) recomendasse a aplicação de multas no montante de R$ 6,3 milhões à Manaus Ambiental.
De acordo com o relatório da Arsam, após comprovar a “manutenção inadequada, má prestação de serviços nas zonas leste e norte” e que melhorias físicas, indicadas pela agência, não foram executadas, a instituição solicitou, à Prefeitura de Manaus, a punição. Segundo o presidente da Arsam, Fábio Alho, todas as multas foram aplicadas.
Ao todo, no ano passado, seis multas foram recomendadas, onze advertências aplicadas e 13 notificações registradas pelo órgão devido às falhas na prestação dos serviços.
Manaus Ambiental
Desta vez, a Manaus Ambiental comunicou que uma manutenção em bombas do Programa Águas para Manaus (Proama), irá interromper o abastecimento de água em 34 bairros, nas zonas norte e leste da capital, que atinge 509.403 pessoas. Os moradores que estão tendo dificuldades, desde ontem, ainda terão que enfrentar a escassez de água até a quinta-feira, conforme a empresa.
Este ano, quatro notificações devido a problemas no abastecimento dos bairros Zumbi dos Palmares, loteamento Rio Piorini e do conjunto Tocantins, no bairro Chapada, já foram indicadas pela Arsam.
População desenvolve métodos para economizar
O Dia Mundial da Água foi instituído, em 1993, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a data serve de incentivo à reflexão sobre a importância da água e o uso sustentável desse recurso natural necessário para a sobrevivência humana. Em Manaus, poder público, iniciativas particulares e comunitárias somam forças para fazer uso consciente desse recurso que, por meio dos igarapés, entrecorta a capital.
Desde o último domingo, estudantes universitários de diferentes instituições de ensino superior têm se reunido para fazer ‘abraços’ simbólicos em parques com igarapés, lembrando o ‘Dia Mundial da Água’. Pesquisadores do Grupo de Estudos de Direitos de Águas, do programa de Mestrado em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas (Geda/UEA), também participaram do ato. Formado por 18 pesquisadores, entre mestrandos e doutorandos, o Geda desenvolve pesquisas sobre água e acompanha a qualidade do recurso na capital.
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