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Noruega bloqueia repasse de R$ 133 milhões para preservação da Amazônia

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São Paulo –  O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, anunciou nesta quinta-feira que o seu país suspenderá cerca de R$ 133 milhões que seriam destinados para proteção da Amazônia. Segundo Elvestuen, o Brasil está quebrando o acordo para redução do desmatamento. A Alemanha também anunciou, no último sábado, que suspenderia parte do financiamento de proteção ambiental para o Brasil.

De acordo com declarações do ministro norueguês ao jornal “Dagens Næringsliv”, o Brasil quebrou o acordo relacionado ao Fundo Amazônia, paralisado desde a extinção, por decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), dos conselhos que ordenam o fundo – o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) e o Comitê Técnico do Fundo Amazônia (CTFA).

Recentemente, o desmatamento na Amazônia tem crescido de modo acentuado. A destruição em junho aumentou 88% e em julho 278% – em comparação a junho e julho de 2018 -, segundo dados do Deter do Inpe.

Pelo aumento no desmatamento, a Alemanha também já anunciou que vai suspender 35 milhões de euros, mais de R$ 150 milhões.

O governo Bolsonaro tem criticado a divulgação dos dados de desmate e afirmado que eles podem prejudicar acordos comerciais. As críticas, porém, não são amparadas por informações científicas. O governo fala ainda em sensacionalismo na divulgação dos dados.

A relação ambiental entre o Brasil e países europeus que dão recursos para proteção do ambiente tem se deteriorado desde o início da gestão Jair Bolsonaro. A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, já afirmou ver com grande preocupação as ações do atual governo em relação ao desmatamento.

Na quarta-feira, Bolsonaro voltou a atacar a Alemanha pelo corte na transferência da verba. “Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu US$ 80 milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha. Ok? Lá está precisando muito mais do que aqui”,  disse, confundindo o valor das cifras e a moeda.

(Com informações Folhapress)

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