A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de liberar o crizotinibe, droga da farmacêutica Pfizer, para os casos de câncer de pulmão de não pequenas células avançado com mutação no gene ALK. Ao contrário dos outros tumores que acometem os órgãos da respiração, esse tipo costuma atingir pessoas mais jovens que não têm o hábito de fumar.
O medicamento, administrado por meio de comprimidos, inibe uma enzima produzida a partir da mutação de dois genes: o ALK e o EML4. A modificação nesses trechinhos do DNA promove a multiplicação de unidades tumorais. O crizotinibe interrompe esse processo e dificulta o trabalho das células malignas, o que estabiliza ou até regride a doença.
Nos estudos realizados antes da liberação do medicamento, a sobrevida dos pacientes que tomaram o fármaco foi de 7,7 meses, ante 3 meses do grupo que se valeu da quimioterapia tradicional. Resultados tão animadores aceleraram a aprovação da droga nos Estados Unidos já em 2011.
O câncer de pulmão é o tipo de tumor que mais mata no mundo. De acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer, a condição deve alcançar 28 mil novos casos e 24 mil mortes no Brasil em 2016. A novidade terapêutica beneficiará uma parcela de 3 a 5% dos pacientes com o problema, que apresentam essa mutação genética específica.
[impulsosocial] [impulsosocial_popup]