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O descaso da prefeitura de Manaus diante dos sepultamentos em tempos de pandemia

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MANAUS-AM| O Amazonas vive momentos difíceis por conta do novo coronavírus. Com o sistema de saúde do estado em crise e mais de 100 enterros sendo realizados diariamente, o sistema funerário oferecido pela prefeitura de Manaus, o SOS Funeral, também colapsou devido ao aumento de óbitos pelo vírus nessas últimas semanas. Com a falta de urnas, funcionários para realizarem os enterros e a falta de respeito com as famílias dos mortos, é notavel a afronta da prefeitura de Manaus nessa situação de pandemia em que nos encontramos.

Com inúmeras covas sendo abertas diariamente e a forma como casos que não são de coronavírus estão sendo tratados é revoltando. Por conta da doença, todas as vítimas da covid-19, terão que ser enterradas com a máxima atenção, para que não haja mais contaminação do vírus. Com números de óbitos elevados, as vítimas que não morrem da covid-19, seguem o mesmo processo de um cadáver que morreu da doença, causando revolta nos familiares.

Um video que circula nas redes sociais, mostra uma oficial da Polícia Militar do Amazonas desesperada com a forma cruel que sua mãe teria que ser enterrada. Segundo ela, a vítima morreu de câncer e não possuindo nem um metro e meio de altura, precisou ser colocada em uma urna de quase dois metros, sem roupa e o caixão revestido com sacos plásticos. As vítimas da covid-19, precisam passar por esse procedimento, onde o corpo é totalmente embalado em um plástico protetor.



Nessa última semana, a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif), avaliou que se houver o aumento de sepultamentos da doença na capital amazonense, as vítimas terão que ser enterradas em sacos plásticos. Com isso, foi solicitado 2 mil urnas para Manaus, visando a necessidade diante da pandemia na capital.

O que nos faz questionar é: se existe um estoque de caixões para o sistema funerário não colapsar, por que casos como esses são corriqueiros na capital? A má gestão da prefeitura de Manaus ao setor funerário é frequente, presente e escancarada.


Com a denúncia da possível Mafia dos caixões em Manaus, a preocupação é ainda maior, visto que, após o sistema de saúde do estado colapsar, as Empresas Funerárias do Estado do Amazonas (Sefeam) alertaram que o estoque de caixões disponíveis é insuficiente para atender a grande procura.


Diante de denúncias que a Semasc estava supostamente se livrando dos caixões em estoque, para que fizessem novos empenhos para a compra de caixões, superfaturando com o preço nessa demanda, é concluído que a prefeitura de Manaus lavou as mãos diante da situação que se encontra o povo Manauara.

Foto: Divulgação

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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