Investigada por desviar R$ 20 milhões, a Organização Não Governamental (ONG) ‘Pai Resgatando Vidas’, recebeu, em emenda parlamentar, R$ 100 mil por meio da vereadora Thaysa Lippy (PRD). O desvio dos milhões ocorreu entre os anos de 2019 e 2024.
A parlamentar propôs ainda, no seu primeiro ano de mandato na Câmara Municipal de Manaus (CMM), em 2021, o título de Utilidade Pública, o que fez a ONG integrar no Cadastro Nacional de Entidades de Utilidade Pública (CNEs), tornando-se elegível para receber verbas públicas.
Thaysa divulgou para a imprensa na quarta-feira (8), o seu posicionamento a respeito do caso.
“Fiquei triste com a notícia, lamentei. Infelizmente, para nossa surpresa, tivemos essa notícia. Nós não temos como garantir a conduta da pessoa daquele momento em diante, né? Não tem como saber que o instituto vai deixar de ser sério, infelizmente, tendo em vista tudo que está acontecendo, a gente está estudando uma forma de retirar essa utilidade pública”, explicou a vereadora.
De acordo com a parlamentar, dentro do Regimento Interno do Parlamento Municipal, não há previsão para cassação do título.
“Dentro do nosso regimento interno não há previsão para retirar o título de utilidade pública, mas estamos avaliando uma maneira, talvez uma que caiba uma indicação para a Prefeitura de Manaus, uma vez que somente o Executivo Municipal consegue cassar a Utilidade Pública pela evidente perda de finalidade”, explicou Thaysa.
Prisões
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) deflagrou a Operação ‘O Pai tá Off’ e já prendeu 4 envolvidos no crime, sendo ele o fundador, Cid Marcos Bastos Reis Maia, 49, e seu filho, Wilson Garcia Bastos Bisneto, 21, na terça-feira (7). Nesta quinta-feira (9) foram Imecson Taveira Esmith Pantoja, 24, e Tito Fabio Rocha Reis Maia, 29.