BRASIL| O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que não moverá um milímetro para frear o avanço da CPI da Covid-19 , que visa apurar as ações do governo Bolsonaro no combate à pandemia
“Uma vez instalada, vou permitir todas as condições que funcione bem e chegue as conclusões necessárias. Aliás, é muito importante que ela cumpra sua finalidade na apuração de responsabilidades”?, afirmou Pacheco ao jornal Folha
“Eu afirmo com toda a lisura, com toda a transparência, com toda a decência que é algo próprio do meu caráter: não vou trabalhar um milímetro para mitigar a CPI nem para que não seja instalada nem para que não funcione. Eu considero que a decisão judicial deve ser cumprida”, disse o presidente do Senado.
Pacheco ainda comentou sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na forma de lidar com a pandemia e disse que ele “não contribui” com seu discurso negacionista. “Para bom entendedor, um pingo é letra. Quando ele [Bolsonaro] prega qualquer tipo de negacionismo, eu vou criticar o negacionismo e consequentemente estou criticando a fala dele.”
Relação de Bolsonaro com Pacheco
Após se candidatar à presidência de Senado, Rodrigo Pacheco foi apoiado em primeiro momento pelo ex-presidente da casa, David Alcolumbre (DEM-AP), que o apresentou como alguém que não criaria conflitos para o Planalto. A afirmação chegou até Bolsonaro, que garantiu apoio ao senador, durante sua candidatura. Assim como o presidente, a oposição, Partido dos Trabalhadores (PT), também apoiou Pacheco, que foi eleito com 57 dos votos no dia 21 de fevereiro deste ano. Após o anúncio do resultado, o presidente Jair Bolsonaro celebrou a vitória do, até então, aliado.