MANAUS – AM – Cinco pacientes, incluindo um bebê prematuro, morreram após a médica Michelle Chechter ministrar nebulização de cloroquina na maternidade Instituto da Mulher Dona Lindu, de Manaus. A médica foi afastada e a Secretaria de Saúde disse que não concorda com esse tratamento. As informações são do jornal “Folha de São Paulo”.
A médica filmou e ainda fez a paciente afirmar que estava se sentindo bem com o tratamento. De acordo com a SES, o procedimento foi feito de livre iniciativa da médica. Ela atuou por cinco dias no Instituto da Mulher Dona Lindu (IMDL), junto com o marido, que também é médico.
Eles foram integrados dia 3 de fevereiro, após contratação em regime temporário pelo Governo do Amazonas, junto com outros 2,3 mil profissionais de saúde.
Conforme a secretaria, a nebulização com hidroxicloroquina adotada não faz parte dos protocolos terapêuticos da maternidade, “nem de outra unidade da rede estadual de saúde, ainda que com o consentimento de pacientes ou de seus familiares”.A médica ficou conhecida depois que o ministro Onyx Lorenzoni compartilhou, no Twitter, vídeo onde ela administra nebulização com hidroxicloroquina.
Ainda segundo a nota da SES, a secretaria e a unidade hospitalar não compactuam com a prática de “qualquer terapêutica experimental de teor relatado e não reconhecida e entendem que tais práticas não podem ser atribuídas à unidade de saúde, que tem como premissa o cumprimento da lei e dos procedimentos regulares, conforme os órgãos de saúde pública e os conselhos profissionais”.