Goiás| A Polícia Civil de Goiás prendeu nesta sexta-feira (31) dois suspeitos pelo assassinato do menino, Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, cujo corpo foi encontrado morto na segunda-feira (27) em um lamaçal em Goiânia.
De acordo com a polícia, um dos suspeitos é o padrasto do menino, Reginaldo Lima Santos, que disse ser “inocente” e vítima de uma “armação”. O outro é um conhecido da família, Hian Alves de Oliveira, de 18 anos. Filho adotivo de um pastor que mora na mesma rua de Reginaldo, ele confessou ter ajudado no crime.
Conforme relatos de familiares, Danilo teria saído de casa, dizendo que iria para a casa da avó. Seis dias depois, as buscas realizadas por equipes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) encontraram o corpo do garoto em um lamaçal, numa mata que fica a 100 metros da casa onde ele morava.
Os peritos que analisaram o corpo da criança observaram, de imediato, as características de assassinato, e o caso foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH). Os laudos indicaram que Danilo morreu asfixiado, ao inalar a lama e a água do local onde foi encontrado, mas destacaram também a presença de ferimentos ocasionados por pauladas, inclusive o deslocamento do crânio.
O garoto estava sem as roupas no momento em que foi encontrado, porém, segundo o delegado Rilmo Braga, titular da DIH, foi descartado, até o momento, a prática de violência sexual contra o menino durante o crime.
“Por hora, está descartado o viés de conotação de crime sexual. As lesões encontradas no corpo do menino pela perícia não apontam diretamente para este tipo de ato”, explica o delegado.
Ao chegar na delegacia, Reginaldo Lima, padrasto do menino, disse que era inocente e jamais poderia ter feito isso. “Eu sou inocente. Isso é armação. Jamais mataria uma criança”, disse.
No entanto, em depoimento separado, Hian Alves confessou ter ajudado Reginaldo e relatou como tudo teria ocorrido. Segundo o rapaz, ele foi procurado pelo padrasto de Danilo, que prometeu uma moto e um carro, caso ele auxiliasse no plano de morte do garoto.
Reginaldo e Hian foram detidos por ocultação de cadáver em conexão com homicídio qualificado.
Segundo Hian, Reginaldo queria matar o menino por causa do seu mau comportamento de Danilo. “O padrasto matou, porque estava insatisfeito com a convivência com a criança, não somente no lar, mas também no lugar onde trabalhavam mutuamente, numa (central de) reciclagem do bairro”, relatou o delegado titular da DIH, Rilmo Braga.
Além da confissão do rapaz, outra testemunha considerada imprescindível para a elucidação foi uma criança de 13 anos, moradora do bairro, que viu toda a movimentação dos suspeitos e de Danilo nas proximidades da mata, no dia do desaparecimento.
“A questão foi maldade mesmo, puramente com o objetivo de matar a criança. O Reginaldo não confessou, mas temos um arcabouço probatório muito forte em relação a ele. Desde o início da força-tarefa, vários depoimentos reforçaram a má conduta do Reginaldo”, conta o delegado Ernane.
Comments 1