MANAUS – AM | O empresário Nilton Costa Lins Júnior, preso hoje pela Policia Federal por suspeita de desviar dinheiro para combater a covid-19 no Amazonas, é pai das gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Lins, que no começo do ano furaram a fila da vacinação em Manaus.
Quando tentava prender Nilton Lins, a PF foi recebida a tiros que podem ter sido disparados por um “filho” do empresário, segundo disse a subprocuradora-geral Lindôra Araújo ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Além de dono Hospital Nilton Lins —alugado pelo governo estadual para funcionar como hospital de campanha—, o empresário é dono da Universidade e das Escolas Nilton Lins, onde estudaram duas de suas filhas, acusadas de furarem a fila da vacina.
RELEMBRE O CASO:
Gabrielle e Isabelle Lins receberam o imunizante contra a covid-19 logo após serem nomeadas para trabalhar na área administrativa de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) em Manaus. Formadas em medicina no ano passado, as irmãs Gabrielle e Isabelle Lins publicaram sobre a imunização em suas redes sociais em 22 de janeiro, logo depois que o Amazonas recebeu as primeiras doses da vacina.
Gabrielle havia sido nomeada quatro dias antes —no dia 18, quando as vacinas foram enviadas à cidade— como gerente de projeto, com salário de R$ 8.000. Ela se registrou no Creman (Conselho Regional de Medicina do Amazonas) em 21 de maio do ano passado. Isabelle, no dia 22 de dezembro.
As duas passaram a ser acusadas de furar a fila da vacinação em razão do sobrenome “Lins”.
O governo estadual se defendeu dizendo que “apenas distribui as vacinas, mas a aplicação delas é feita pelas prefeituras”. Em resposta, a Prefeitura de Manaus afirmou que as duas estão entre os dez médicos recém-nomeados para gerenciar projetos, mas que, diante da necessidade, foram remanejados para a linha de frente.
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