MANAUS (AM) – Mesmo na hora em que estrava ferido diante da esposa, das filhas e dos passageiros, José Roberto Barbosa, de 44 anos, tentou acalmar a família dentro da linha 640, onde foi morto com uma facada no peito durante um assalto na Max Teixeira, na noite desta terça-feira (22), em Manaus. O relato foi dado pela esposa, no velório da vítima, nesta quarta-feira, (23).
“Só sei que eles entraram, não sei aonde desceram, e eu fiquei preocupada com minhas filhas que estavam chorando, minha filha chorava. Ele (José) só falou relaxa. O pessoal estava em cima dele, pessoal colocou uma blusa estancando o buraco. Ele disse relaxa e caiu do lado. O pessoal disse ‘acelera’, que eles viram que os bandidos já tinham saído. Quando chegou em frente da delegacia perto do T3, eles pediram para parar. Ele (motorista) queria levar até o (SPA) Danilo Corrêa mas o povo pediu para parar e aí eles desceram para tirar o meu esposo. Ele ainda estava com um pouco de vida esperando o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas aí quando chegou, ele já tinha falecido”, disse Cleonice Barbosa, muito abalada.
Os bandidos entraram e José escondeu o celular. “No momento que eles passaram para frente com a arma, falando pro motorista não parar para ninguém, que era um assalto. Meu esposo colocou o celular para baixo do banco, eu também peguei minha bolsa e joguei debaixo da carteira e empurrei com o pé assim. Eu estava com minha filha pequena no colo. Meu esposo estava em pé, com as mãos no ferro, quando ele veio de lá violento e disse: “Não fura, não fura, a gente só quer o celular”.
A polícia ainda não tem pistas dos criminosos, mas a família e a população exigem justiça.