MANAUS (AM) – Claudiele dos Santos, maquiadora do salão Belle Femmem, teve a prisão convertida para domiciliar alegando que precisava cuidar da filha pequena, mas o delegado Cícero Túlio descobriu que a menina não está com ela.
“Vamos entrar em contato com o juiz da Vara de Central de Inquéritos. O que motivou a saída dela do cárcere seria justamente o fato dela ter essa criança, que ao que parece encontra-se aos cuidados do pai”, disse Cícero.
Por conta disso, na noite desta segunda-feira (10), o advogado de defesa, Kevin Teles, esclareceu na frente do Fórum Henoch Reis, que a criança está com o pai, mas sem a permissão da mãe.
“No momento da prisão preventiva dela, o genitor da criança foi até a residência da senhora Claudiele, tomou a criança para si com a justificativa que ficaria apenas dois dias com a criança e infelizmente não devolveu mais a criança ao lar de referência. Informou, inclusive pra mim, que ele só iria devolver com ordem judicial”.
A defesa informou que entrou com uma medida cautelar, através de liminar, pedindo que seja expedido um mandado de busca de apreensão de menor com auxílio de força policial para recuperar a criança.
“Claudiele realmente amamenta, a filha dela precisa do leite materno, no entanto não foi possível por conta do genitor”.
Kevin esclareceu que, bem antes da prisão, houve um processo judicial que já foi julgado, e ficou sentenciado que o pai pagaria pensão alimentícia e que a guarda da criança seria compartilhada. Porém, o lar de referência é na casa de Claudiele.
“Finais de semanas alternados. A criança pode ficar com o pai nos finais de semana pela parte do dia, mas tem que dormir com a mãe, na casa da mãe (…) O genitor não tem condições nenhuma de cuidar da criança. Inclusive, os alimentos provisórios estão atrasados, que agora são definitivos por conta da sentença. Então não existe nenhuma possibilidade, nem financeira e nem psicológica de cuidar de uma criança “.
Leia também:
Claudiele foi presa por envolvimento na seita “Pai, Mãe, Vida”, que fazia o uso de Cetamina. Ela seria a responsável por comprar e distribuir a droga, assim como outros funcionários que também foram presos.