ESPÍRITO SANTO| Após se dar conta de que o sonho do filho autista era ser advogado, o técnico industrial Luís Felipe Weberling, não mediu esforços e decidiu entrar na faculdade de direto junto do filho Lucas, de 23 anos, para lhe apoiar na jornada acadêmica. Agora, depois de cinco anos, pai e filho conseguiram se formar.
Luís Felipe entrou na faculdade de Direito do Espírito Santo, em Vitória, afim de acompanhar e ajudar o filho diagnosticado com Asperger – autismo de grau leve -tendo receio que ele pudesse sofrer certo preconceito por ser autista.
“No primeiro dia de aula, eu estava tremendo. Estava muito ansioso para saber como seriam as coisas, como lidar com isso. Era tudo muito novo para todo mundo. No início foi muito difícil”, relembra o pai.
Recém formado, Lucas disse que com a ajuda e compreensão dos outros, não há barreiras para os autistas e pretende inspirar jovens na mesma situação que ele. “Não existe uma barreira que o autista não pode alcançar. Se ajudarem e tiverem alguém para acreditar nele, ele pode mudar o mundo. Sinceramente, eu acho que é isso que o mundo está precisando: de mais pessoas como nós”. A colação de grau de pai e filho irá acontecer em fevereiro de 2021.