Manaus – As empresas de ônibus de Manaus paralisaram suas atividades na manhã desta terça-feira. Somente 30% da frota está funcionando, conforme o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), afetando 300 mil passageiros de todas as zonas de Manaus. Já o Sindicato dos Rodoviários diz que a paralisação chegou a 50% da frota.
A paralisação é a segunda realizada este ano. Na primeira, realizada em 17 de janeiro deste ano, paralisou 100% da frota e afetou cerca de 500 mil usuários ao longo de todo o dia. Após a paralisação, os empresários conseguiram junto à Prefeitura de Manaus um reajuste na tarifa, que está em R$ 3,30. Na ocasião, com o aumento, houve a promessa de que não haveria novas paralisações por parte dos trabalhadores do sistema. A “promessa” de não haver mais paralisações foi divulgada pelo vice-prefeito Marcos Rotta, ao anunciar a nova tarifa.
Em nota, o Sinetram informou que “foi pego de surpresa com a paralisação ocorrida na manhã desta terça-feira (21), portanto não sabe as causas da mesma”. De acordo com o órgão, apenas 30% da frota de todas as empresas está operando, com cerca de 400 carros dos 1350 que operam diariamente.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, afirmou, às 8h desta terça-feira, que 50% da frota já estava em funcionamento. Segundo ele, que ficou na porta da garagem da empresa Global Green, na zona Leste de Manaus, a paralisação foi organizada pela própria categoria, cobrando o pagamento de parte do salário pago na metade do mês, o ‘vale’. Segundo o sindicalista, o valor deveria ter sido pago ontem, mas isso não ocorreu. A paralisação, segundo Givannci, ocorreu também por conta do dissídio coletivo do ano passado, que ainda está em discussão na Justiça do Trabalho. “Não sabemos que horas o sistema retornará a funcionar”.
A assessoria de comunicação do Tribunal Regional do Trabalho 11ª Região informou que será realizada uma audiência na próxima quinta-feira (23) para tratar sobre a questão do dissídio coletivo do ano passado com representante do Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Segundo o TRT, o órgão não pode ainda se pronunciar sobre a paralisação desta terça-feira (21), pois as ações dos rodoviários “pegou todo mundo de surpresa”. O Tribunal informou que até o fim do dia a presidente e desembargadora Eleonora Saunier deve se pronunciar sobre a greve.
Prefeitura justifica no TCE aumento da tarifa
A Prefeitura de Manaus entregou ao Tribunal de Contas do Estado na última sexta-feira (17), dentro do prazo limitado, toda a documentação de planilhas justificando o aumento da tarifa de ônibus na capital. Hoje, segunda-feira (20), os vários relatórios foram enviados do Protocolo do TCE ao gabinete da conselheira-relatora Yara Lins. Segundo a assessoria do Tribunal, nesta terça (21) a conselheira-relatora deve fazer uma avaliação prévia dos documentos e enviar tudo ao setor técnico do TCE, que terá um prazo de 10 a 15 dias para respondê-la com resultado detalhado sobre as informações. Após isso, Yara Lins poderá esperar parecer do Ministério Público de Contas e, então, decidir se existe um real motivo para aumentar o valor da tarifa de ônibus em Manaus. Com informações Portal Acrítica.