Manaus-AM| Cinco deputados federais e um senador do Amazonas, votaram a favor do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que proíbe o reajuste e progressão funcional dos salários de servidores públicos até o final de 2021.
Os trabalhadores, que na grande maioria atuam na linha de frente no combate ao covid-19, não terão nenhum reajuste salarial, nem direito a qualquer gratificação. O veto atinge funcionários da áreas de saúde, segurança pública, limpeza urbana e serviços funerários.
Ficam de fora da restrição, os militares das Forças Armadas amparados pela Lei 13.954/19, que tiveram o aumento dos salários aprovados antes do estado entrar em colapso.
Os deputados federais que votaram a favor do veto foram: Átila Lins (PP); Bosco Saraiva (Solidariedade); Capitão Alberto Neto (Republicanos); Marcelo Ramos (PL); Silas Câmara (Republicanos).
Apenas os deputados federais Delegado Pablo (PSL) e José Ricardo (PT), votaram contra a manutenção do veto.
No geral, 316 deputados federais votaram sim, pela manutenção do veto de Bolsonaro, e 165 votos não, contrários à proibição do reajuste.
Apesar da maioria dos senadores terem votado pela rejeição do veto do presidente – 42 votos a 30- , o senador do Amazonas Plínio Valério (PSDB) votou a favor, seguindo a orientação da liderança do partido.
Os senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD) estavam ausentes na sessão do Congresso.
A suspensão de reajustes até 2021 foi exigida pelo Poder Executivo na tramitação do Projeto de Lei Complementar 39/20 em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos estados e municípios em razão da pandemia de covid-19.
Desse total, R$ 60 bilhões são em dinheiro novo e o restante na forma de adiamento de dívidas com a União.