Manaus – A passagem de ônibus em Manaus vai ficar mais cara. A informação é da própria Prefeitura de Manaus, que afirmou, em material encaminhado à imprensa, que conclui ainda esta semana o estudo que “irá nortear o valor da nova tarifa do Sistema de Transporte Coletivo da capital”. No último dia 19, a coluna Pinga Fogo, do jornal A Crítica, noticiou que o prefeito em exercício Marcos Rotta declarou ser insustentável manter a tarifa no valor atual.
Ainda exercendo o posto de prefeito por conta da viagem de Artur Neto à Colômbia, Marcos Rotta afirmou, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), que o novo valor da tarifa fará crescer, também, a cobrança em cima dos empresários por um serviço melhor. “O cidadão, que hoje vive com a falta de emprego e de renda, terá seu orçamento impactado pelo reajuste da tarifa de ônibus. Nada mais justo que exigir também o compromisso dos empresários com a imediata renovação da frota, entre outras melhorias na qualidade do serviço prestado”, defende.
Hoje, a tarifa de ônibus de fato em Manaus é de R$ 3,15, mas o usuário paga R$ 3 pois R$ 0,15 de cada passagem são pagos pela Prefeitura. Na nota enviada pela Semcom, a Prefeitura informa ainda que o subsídio irá aumentar. Em contrapartida, a Prefeitura diz que o congelamento da meia passagem estudantil em R$ 1,50 é uma das condições para a implementação do reajuste. ” Estamos tratando desse caso de maneira muito clara, informando quais as políticas que vamos empreender para que a população não seja pega de surpresa”, afirma Rotta, na nota.
A expectativa do Município, segundo a Semcom, é de concluir a planilha tarifária após uma nova reunião com os operadores do Sistema, colocando trabalhadores e empregados na mesma mesa de negociação. “Faltava o diálogo dentre as parte e isso nós já estabelecemos. Queremos um acordo comum, que priorize o bem da população e da cidade de Manaus, afastando de vez a possibilidade de paralisações”, disse Marcos Rotta.
Reajuste já autorizado
A briga pelo reajuste vem desde abril do ano passado, quando o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) conseguiu decisão judicial permitindo que a tarifa passasse para R$ 3,54. A partir de então, em ano de eleições municipais, seguiram-se várias brigas judiciais com o caso parando até no Superior Tribunal de Justiça. Desde setembro, portanto antes da eleição, o reajuste já estava autorizado por uma decisão da ministra Assusete Guimarães.
Com informações Portal Acrítica.