SÃO PAULO | Os líderes das maiores igrejas evangélicas do país têm sentido na pele, ou melhor, no bolso as consequências da pandemia no Brasil. Após o fechamento de igrejas e templos, medida adotada para conter o distanciamento social, grande parte da bancada evangélica afirma que houve redução na coleta do dízimo, o que ameaça, inclusive, o contrato com algumas emissoras de tv.
O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), tentou convencer o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a autorizar a reabertura dos templos em todo o Brasil.
O pastor R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, estão tentando negociar um valor mais em conta diretamente com as emissoras envolvidas na transmissão dos programas religiosos.
Além dessas negociações, algumas demissões para corte de custos já foram anunciadas pela Rede Gospel, que pertence à Igreja Renascer, e pela RIT TV, que é a emissora oficial de R.R. Soares.
O futuro dos programas religiosos nas TVs pode estar ameaçado, mas é improvável que os rendimentos dos líderes dessas denominações esteja perto da miséria, tendo em vista os impérios construídos por eles ao longo dos anos.