BRASÍLIA – O general Eduardo Pazuello entregou ao Exército sua defesa em relação ao processo disciplinar que investiga sua participação no ato político do último domingo. De acordo com o ex-ministro da Saúde, na verdade ele não infringiu regras, pois como o presidente está sem partido, o ato foi apenas um passeio de moto e não pode ser considerado um ato político.
Pazuello evocou o artigo 6 do Regimento do Exército, e disse que sua participação foi um ato de “honra pessoal”. Além da defesa por escrito, o general vai prestar depoimento ao comando assim que for chamado. Apesar da defesa feita por Bolsonaro a Pazuello, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que o Regimento existe para “evitar anarquia”!.
Mourão e Bolsonaro andam afastados, o que dá ao vice a oportunidade de falar o que pensa. “”A regra tem que ser aplicada para evitar que a anarquia se instaure dentro das Forças, porque assim como tem gente que é simpática ao governo, tem gente que não é. Então, cada um tem que permanecer dentro da linha que as Forças Armadas têm que adotar. As Forças Armadas elas são apartidárias. Elas não têm partido. O partido das Forças Armadas é o Brasil”, argumentou Mourão, em conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto.