MANAUS (AM) – Nos últimos dias 8 e 9 de novembro, um PDF com fotos de cerca de 80 mulheres de Manaus foi divulgado em páginas de fofoca e pelo WhatsApp atribuindo a elas a profissão de profissional do sexo. No book, cada uma tinha um valor de “programa”, mas segundo o advogado David Novoa, tudo não passa de golpe 10 estão denunciando o caso à polícia.
Entre as vítimas, uma é adolescente. De acordo com ele, as moças tiveram as fotos furtadas das redes sociais e usadas por pessoas que dão golpe em interessados em programas sexuais. Os agenciadores atraiam os clientes, pediam uma taxa “de segurança” de 50% do valor do programa e o mesmo não acontecia.
Segundo David, no ano passado aconteceu o mesmo. Na época, uma mulher foi identificada, mas sumiu após prestar depoimento. Um homem também foi identificado e ambos trabalhavam com agenciamento de garotas de programa. No entanto, não havia programas e os golpes eram dados aqui e em outros estados.
“Agendam achando que vão com a mulher da foto e pagam a taxa para reservar o horário. Aí o agenciador some. Além de algumas mulheres já terem ciência disso, porque os books são antigos, quando o assunto veio à tona outras vítimas reportaram que já haviam usado fotos delas em golpes semelhantes. Em um determinado grupo, identifiquei relatos de homens que foram vítimas desse golpe”, acrescentou o advogado.
Agora, as vítimas vão formalizar denúncia na Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Amazonas para que se chegue até os envolvimentos na confecção do book e nos golpes.
Assim que o “book” vazou, uma empresária identificada como Kamila Agnes foi às redes sociais negar que trabalhasse como garota de programa. A jovem disse que tinha uma loja de roupas e chegou até a postar a receita da empresa. Ela também reagiu com bom humor ao saber que o programa atribuído a ela era o mais “barato”, cerca de R$ 500.
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