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Pesquisa indica que há mais de 200 mil pessoas contaminadas pelo novo coronavírus em Manaus

Foto: Reuters

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MANAUS – AM | Uma pesquisa nacional, realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, indica que cerca 201,6 mil pessoas podem estar infectadas em Manaus. A pesquisa divulga números muito mais altos do que os oficiais. Esse número corresponde a 11% da população da cidade. Muitos infectados não sabem que estão portando o vírus, os chamados “assintomáticos”, e cerca de 85 mil estão com o vírus ainda ativo, ou seja, em período de transmissão, podendo passar a doença para outras pessoas.

No site do Ministério da Saúde, Manaus conta com 10.407 casos oficiais e 949 óbitos. Segundo levantamento do ministério, divulgado hoje, mais de 20 mil estão infectados em todo estado do Amazonas e 1.400 morreram. O Amazonas é o quarto estado do país com o maior número de casos.

O coordenador do estudo e reitor da instituição, Pedro Rodrigues Curi Hallal, explica que foram identificadas 27 pessoas com coronavírus durante aplicação dos testes rápidos, em uma amostra de 250 participantes.

“Esse número de Manaus é estarrecedor. Para se ter uma ideia, na Espanha, que foi um dos epicentros da pandemia na Europa, uma pesquisa similar encontrou 6% da população com anticorpos e em Manaus esse número é de 11%”, disse o coordenador da pesquisa.

Um outro estudo, feito pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), indicou números ainda maiores: cerca de 220 mil e 330 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus em Manaus.

O Governo do Amazonas informou que levou em consideração esses e outros dados na decisão de prorrogar a suspensão de atividades não essenciais até o dia 31 de maio. A Covid-19 já chegou a cerca de 90% dos municípios do interior e quatro cidades tiveram que decretar “lockdown”, ou seja, o bloqueio total de circulação de pessoas e o fechamento de serviços não essenciais.

O estudo realizado pela Ufam também estimou que um possível relaxamento do distanciamento social poderia gerar uma queda inicial de infecções. No entanto, as consequências apareceriam depois, ocasionando um aumento de transmissão e risco de uma segunda onda de contágio da doença no mês de junho.

Na ausência de medidas restritivas ainda mais mais severas, o total de infecções em junho seria superior ao do mês de abril e haveria muito mais óbitos.

Expressoam:

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