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Pesquisador do Inpa diz à Veja que pode ter sido envenenado por se opor à cloroquina e Bolsonaro

Lucas desenvolveu câncer de tireóide raríssimo que pode ter relação com substâncias tóxicas da água de casa. Foto: Divulgação

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MANAUS (AM) – | Em reportagem para a revista Veja, neste final de semana, o pesquisador do Inpa, Lucas Ferrrante de Faria, de 33 anos, disse que pode ter sido vítima de uma sabotagem que o fez desenvolver um câncer raríssimo de tireóide. Ele teria sido envenenado. Lucas se opôs ao uso da cloroquina, durante a pandemia, o que lhe custou diversas perseguições.

De acordo com o pesquisador, o envenenamento pode ter sido feito por meio de pedaços de pilhas colocadas no encanamento de sua casa, o deixando exposto a substâncias tóxicas. Ele encontrou os resíduos depois que notou alteração no gosto da água e foi investigar o que estava acontecendo.

Depois disso, veio o diagnóstico de câncer. “Os médicos suspeitam que (o câncer) esteja relacionado à minha exposição a substâncias tóxicas”, disse Lucas Ferrante, em reportagem publicada pela revista Veja.

Na matéria, cujo o título é “A Ciência sob ataque”, é mostrado o relato de vários pesquisadores que foram perseguidos após se opor ao negacionismo e o uso de cloroquina, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ferrante, no auge da pandemia, assinou um artigo na Science, revista acadêmica mais prestigiada do mundo, fazendo críticas ao negacionismo de Bolsonaro.Nela, ele e outros colegas diziam que Bolsonaro colocava em risco o brasileiro.

O artigo dizia que Bolsonaro transmitia informações enganosas. Entre essas, a defesa do uso da hidroxicloroquina e o fim da quarentena.

Em fevereiro deste ano, na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), quando o Amazonas ainda vivia a segunda onda da doença, Lucas Ferrante advertiu que Manaus poderia viver a terceira onda, ainda mais grave, se a vacina não avançasse.

Colaboração para o Expresso AM, em Manaus:

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