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Pesquisadores alertaram sobre terceira onda de Covid-19 em Manaus, mas prefeitura ignorou avisos

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MANAUS – AM | O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), já havia sido alertado por pesquisadores, ainda em janeiro, sobre uma possível terceira onda do novo coronavírus, ainda mais forte e devastadora. No entanto, o aviso foi ignorado. As informações são do The Intercept.

O biólogo Lucas Ferrante, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), foi quem avisou o prefeito, pessoalmente, no dia 21 de janeiro. Ele e outros sete pesquisadores elaboraram um modelo epidemiológico a partir das taxas de transmissão da nova variante do vírus no Amazonas, a reinfecção por perda de imunidade apresentada em pacientes após seis meses e os cenários de vacinação e isolamento social do estado. 

De acordo com o Intercept, o estudo, que está em fase de revisão e deverá ser publicado em breve, sinaliza a necessidade urgente de lockdown em Manaus e aponta para uma terceira onda de contaminação mais potente, que pode causar mais mortes do que a registrada no ano passado.

No novo estudo, que envolve, além de pesquisadores do Inpa, cientistas das universidades federais de Minas Gerais, Amazonas, São João del-Rei e uma aposentada do Instituto Butantan, a previsão é ainda mais dura: uma terceira onda poderá se arrastar até 2022, e terá Manaus como epicentro mundial. “Se não for tomada nenhuma iniciativa, como ocorreu no passado, a terceira onda será mais longa e matará muito mais gente. A alternativa é lockdown com mais de 90% de isolamento e vacinação de toda população de Manaus”, diz Ferrante.

Além de David Almeida, que desistiu de aplicar um Lockdown na cidade, outra pessoa que também se negou a acreditar na potencialidade do vírus foi a própria diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, Rosemary Costa Pinto, que faleceu no dia 22 de janeiro, um dia após o aviso.

O Amazonas teve um aumento de 632% na média móvel de mortes por covid-19 – o maior registrado em todo o país. Na última semana de 2020, a média diária de óbitos pela doença foi de 19 pessoas, no meio de todo o relaxamento nas medidas de distanciamento social. No dia 31 de janeiro, foram 139 mortes, reflexo do alerta já emitido por Ferrante e os demais pesquisadores, que tentaram, sem sucesso, convencer as autoridades.

Confira a matéria completa AQUI.

Expressoam:

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