BRASIL | Pesquisa do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que a técnica de fotoimunoterapia – uma combinação de fotodinâmica e imunoterapia – conseguiu combater o HIV, o vírus da aids, em laboratório. Ainda não foram realizados testes em humanos, mas o objetivo é que a técnica possa ser usada no combate à infecção pelo HIV como um complemento aos medicamentos retrovirais.
Pesquisadores do Grupo de Óptica,do instituto, liderados pelo professor e pesquisador Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, desenvolveram um potencial novo tratamento contra o vírus utilizando anticorpos com fotossensibilizadores – moléculas sensíveis à luz – que se ligam às células infectadas com o vírus do HIV e também ao vírus circulante, que é fonte de novas infecções.
Quando submetidos a um tipo específico de luz, os fotossensibilizadores geram uma quantidade grande de espécies reativas, os radicais livres, que causam a morte da célula-alvo e a inativação do vírus circulante. Os resultados do estudo estão no artigo publicado pela revista científica American Chemical Society – ACS Omega, em 8 de junho.
“O que nós fizemos foi uma combinação entre imunoterapia e terapia fotodinâmica. A terapia fotodinâmica é a combinação de luz e uma molécula que quando é irradiada pela luz essa molécula gera espécies reativas que oxidam a célula e matam a célula. É basicamente esse o princípio”, explicou Guimarães, um dos autores do estudo.