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Pesquisadores vão gastar mais de R$ 5 milhões em perfurações em busca da origem da Amazônia

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MANAUS (AM) –   Como e quando se formou a Amazônia? Esta é a pergunta que um projeto temático conduzido no Instituto de Geociências (IGc) da USP busca responder. A iniciativa envolve instituições de 11 países, 60 pesquisadores – 30 deles sediados no Brasil – e é desenvolvida no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).

O Projeto de Perfuração Transamazônica (TADP), é financiado. A Fapesp, uma das financiadoras, contribui com R$ 5,5 milhões para cobrir os custos de sondagens.

A coleta do material para a pesquisa (os testemunhos) será realizada a partir de perfurações de 800 a 2 mil metros de profundidade em locais escolhidos estrategicamente nos Estados do Acre, Amazonas e Pará. A ideia inicial era realizar cinco perfurações, sendo duas na bacia sedimentar do Amazonas, uma na bacia do Acre, uma na bacia do Solimões e outra na bacia do Marajó.

Intitulada Projeto de Perfuração Transamazônica: origem e evolução das florestas, clima e hidrologia dos trópicos da América do Sul, a pesquisa busca reconstituir o passado da Amazônia desde a sua origem, tendo como material fundamental os registros de sedimentos e rochas. Também pretende responder a questões fundamentais como, por exemplo, de que forma as mudanças climáticas influenciaram a diversidade de plantas, a diversificação de espécies e a formação do Rio Amazonas.

DADOS

Os dados disponíveis até o momento sugerem que a formação das florestas neotropicais teria ocorrido durante o período Cenozoico, era geológica iniciada há aproximadamente 65,5 milhões de anos.

Os pesquisadores envolvidos acreditam que esse estudo trará avanços científicos de grande relevância, pois possibilitará compreender a origem e as transformações da Amazônia e da Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas, elementos fundamentais do sistema climático global.

 

Charles Severiano:

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