Manaus – A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta quinta-feira (13), a Operação Betume, para desarticular uma organização criminosa ligada ao ao tráfico internacional de drogas. As ações ocorrem em em Manaus e Tabatinga, no Amazonas; Tomé-Açu, no Pará; e Curitiba, no Paraná. Em Manaus, os mandados de prisão estão sendo cumpridos e envolvem traficantes, advogados e um empresario.
De acordo com o comunicado, as investigações foram conduzidas pela DRE/AM e apresentaram uma organização criminosa com fortes vínculos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, local onde adquiriam a droga.
Aproximadamente 100 policiais federais participaram do cumprimento de seis mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, oito mandados de busca e apreensão, sete mandados de condução coercitiva, além de diversos mandados de sequestro e bloqueio de bens móveis, imóveis e contas bancárias, expedidos pela Justiça Federal do Amazonas e em desfavor dos investigados.
Investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-AM) demonstraram que a organização possuía fortes vínculos na região da tríplice fronteira, local em que adquiriam a droga e era chefiada por um cidadão de nacionalidade peruana, que já foi preso na manhã de hoje na capital. Entre outros presos também estão dois advogados do Amazonas que colaboravam com as atividades ilícitas: Ellen Wandrienny de Lima Tavares e João de Melo Cardoso Junior.
A organização criminosa tinham um modus operandis e era responsável pelo envio de grande quantidade de cloridrato de cocaína (brilho ou escama de peixe) para o exterior, no qual a droga era oculta no interior de maquinários, cilindro, tambores e outras peças, para dificulta a sua localização.
Através deste sofisticado esquema a droga era enviada para Europa, Ásia, Oceania, África e América do Norte, locais em que o quilo da droga alcançaria até 100 mil dólares.
No Brasil foram apreendidas diversas cargas de drogas em processo de exportação, além de apreensões no México, Estados, Canadá e Reino Unido.
Os envolvidos estão sendo indiciados pelos crimes de tráfico internacional, lavagem de dinheiro e de formação de organização criminosa.