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PF desarticula esquema de fraude no auxílio-reclusão em Manaus

Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Manaus – A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (20), a Operação Pater Criminis no Amazonas, com o objetivo de desarticular organização criminosa envolvida com fraudes contra a Previdência Social. Foram cumpridos três mandados de prisão, três mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas, nas cidades de Manaus e Goiânia.

A ação contou com aproximadamente 35 policiais federais. No curso das investigações, conforme a PF, foi constatado que um dos investigados tem antecedentes e até mesmo condenação penal por diversos crimes de estelionato previdenciário. O líder do esquema já foi preso pelo crime de roubo.

Em nota, o órgão informou que as investigações indicaram que o grupo criminoso atuava no Presídio de Puraquequara, em Manaus, recrutando detentos a participar de fraudes para obtenção do benefício de auxílio-reclusão. Em seguida, o próximo passo era o recrutamento de mães com filhos menores sem pai registrado.

Ainda conforme o comunicado, partir disso, os agenciadores realizavam os trâmites de reconhecimento voluntário de paternidade em nome dos detentos, efetivando a averbação na certidão de nascimento da criança.

Segundo dados da PF, os criminosos requeriam o benefício de auxílio-reclusão com base naquele dependente. O objetivo era receber o período atrasado, que, em alguns casos chegavam ao montante de quase R$ 200 mil, valor que seria dividido entre o instituidor do benefício e os agenciadores.

Os criminosos ainda são suspeitos de falsificar a certidão de nascimento, modificando a idade da criança, com o objetivo de permanecer durante um maior período recebendo o benefício.

Outra forma de burlar a lei, conforme a nota, era a inserção de vínculos inexistentes na carteira de trabalho do interno, como forma de provar sua qualidade de segurado à época da prisão.

Com informações D24am.

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