Brasília – A procuradora-geral da República Raquel Dodge está preparando um pedido de extradição do coronel da reserva do Exército Carlos Alves — sem ser encontrado pelas autoridades no Rio de Janeiro, onde reside, ele estaria em Portugal. Segundo a rádio CBN, o pedido foi pensado após Alves proferir ofensas sobre a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o coronel chama Weber, também ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), de “salafrária, corrupta e incompetente”. O motivo seria uma reunião com partidos políticos, incluindo o PT, que solicitaram uma investigação sobre reportagem da Folha de S.Paulo a respeito de mensagens falsas enviadas por meio do aplicativo WhatsApp.
A fala do coronel teve ampla repercussão nas redes, sobretudo negativa entre órgãos oficiais. Dentro do STF, ministros pediram à PGR que investigasse o caso. Já no âmbito militar, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, encaminhou representação ao Ministério Público Militar para que se investigue o caso.
Ainda no vídeo, o coronel da reserva insinua fraudes nas eleições e ameaça convocar atos de violência caso Fernando Haddad (PT) seja eleito diante de Jair Bolsonaro(PSL) no segundo turno da eleição presidencial.
Em nota, Villas Bôas disse que “o referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações.” (Com informações da Folhapress e da Reuters)