Rio – No que deve ser a última prova individual da carreira, Michael Phelps não conseguiu sua 23ª medalha de ouro. Nesta sexta-feira, no Estádio Aquático Olímpico, o norte-americano empatou na segunda colocação com Chad Le Clos e Laszlo Cseh, com o tempo de 51s14 e ficou com a prata dos 100m borboleta.
Phelps enfrentou uma sequência enorme de provas nesta semana e pareceu mais cansado. Assim, acabou sendo presa para a juventude de Schooling, de 21 anos, dez a menos que o norte-americano. O cingapuriano nadou para 50.39 e, de quebra, ainda bateu o recorde olímpico que era de Phelps. Foi o primeiro ouro da história do país nos Jogos.
O curioso é que em 2008, pouco antes de destroçar todos os recordes em Pequim, Phelps foi tietado justamente por Schooling, que tinha só 13 anos. E hoje o cingapuriano tirou o tetracampeonato olímpico dos 100m borboleta de seu grande ídolo.
O sentimento é ainda mais estranho porque essa pode ter sido a despedida de Phelps das provas individuais. Na quinta, ele disse que se despedirá das piscinas depois da Olimpíada do Rio de Janeiro. Assim, a última oportunidade de vê-lo em ação deve ser neste sábado, mas em uma prova por equipe: o revezamento 4x100m medley.
Mas, claro, não é essa derrota que tirará o posto de Phelps de maior lenda de todos os tempos. Afinal de contas, foi a 27ª medalha olímpica dele (são 22 ouros, três pratas e dois bronzes), o maior medalhista de todos os tempos. Ele também é quem mais ganhou ouros e quem mais ganhou ouros em uma só edição dos Jogos (foram oito em Pequim 2008). Phelps ainda é o maior campeão individual de todos os tempos e o maior campeão por equipes (com os revezamentos).