X
    Categories: Política

Pimentel é chefe de quadrilha e recebeu R$ 1 mi em propina, diz PF

ADVERTISEMENT

São Paulo – O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é acusado pela Polícia Federal de coordenar um esquema de lobby e ganharR$ 1 milhão em propinas no período que chefiou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, durante o primeiro mandato do governo Dilma.

As acusações constam do primeiro relatório final da Polícia Federal na operação Acrônimo, produzido no dia 29 de abril. Nesse documento, a PF informa ao Superior Tribunal de Justiçaque Pimentel usou seu cargo para dar benefícios fiscais à montadora Caoa (Hyundai) e, com isso, ganhou propina. Pimentel foi indiciado pela PF.

Pimentel também é investigado por tráfico de influência no BNDES, mas essa frente de investigação constará de outro relatório, ainda em fase de elaboração. Na operação Acrônimo, a PF fez o caminho do dinheiro e concluiu que Pimentel usava um operador para lavar dinheiro. Trata-se do empresário Benedito de Oliveira Neto, o Bené.

Ele foi preso pela PF porque apresentou consultorias com claros indícios de fraude. Atualmente, ele negocia uma delação premiada. “Tal organização criminosa é coordenada e integrada por Fernando Pimentel que, em razão de seu cargo, facilitou a atuação de outros integrantes do grupo criminoso, ora usando sua influencia política junto ao MDIC para favorecer a atender aos interesses do grupo”, escreve a PF no relatório.

De acordo com a investigação, a Caoa pagou R$ 2 milhões a duas empresas de fachada de Bené _ como foi revelado por ÉPOCA no ano passado. Bené, por sua vez, foi flagrado em mensagens de texto atuando em favor da Caoa junto ao Ministério do Desenvolvimento. A justificativa do dinheiro, contudo, eram consultorias, o que para a PF na verdade é uma fraude. Enquanto a Caoa enviava dinheiro para as empresas de Bené, o empresário custeava despesas de Pimentel.

Segundo a PF, os pagamentos de Bené a Pimentel são, na verdade, propina. Os valores iam desde hospedagem em hotéis de luxo a faturas de condomínio de apartamento e cartão de crédito, além de sucessivos fretamentos de jatinhos. Como ÉPOCA já revelou, Bené pagou Pimentel viagem a Miami e feriado na Bahia. No total, a PF mapeou R$ 1.106.401,50.
“Para usufruir dos valores pagos, Fernando Pimentel, com o auxílio de Benedito, utilizou das empresas de fachada para efetuar pagamentos de hospedagens em hotéis de luxo e fretamento de taxi aéreo em seu favor, dissimulando com isso a origem ilícita de tais valores. O valor apurado na movimentação bancária das empresas de fachada em hospedagens pagas e pagamentos de voos particulares somam R$ 1.106.401,50”.

[impulsosocial] [impulsosocial_popup]

Expressoam:

This website uses cookies.