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PM que matou esposa e o amante será autuado por feminicídio

Foto: Reprodução.

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São Luís – MA| Carlos Eduardo Nunes, o policial militar acusado de matar a própria companheira e um suposto amante, será autuado por feminicídio, crime contra mulher por questões de gênero. O caso aconteceu neste sábado, 25, no Condomínio Pacífico I, no bairro Vicente Fialho, em São Luís.

A Polícia Civil afirmou ao G1 Maranhão nesta segunda-feira, 27, que Bruna Lícia, 22, chegou a pedir para o policial militar Carlos Eduardo não matar José Willian.

Bruna e José Willian acabaram mortos a tiros porque, segundo o PM, eles foram flagrados tendo um relacionamento dentro do condomínio. Carlos Eduardo e Bruna Lícia viviam juntos.

Para a delegada do Departamento de Feminicídio, Viviane Fontenelle, um amigo do colega de trabalho da vítima estava no local e correu para pedir ajuda. Na saída, ouviu os tiros. Essa versão refuta a tese de que poderia ter ocorrido legítima defesa. 

“Realmente teve uma luta corporal, mas ele [policial] chegou e foi atacando. Tinha uma testemunha lá dentro que viu ele entrando, começando as agressões. Ouviu a menina [Bruna] gritando ‘para, para com isso’. Então se ela estava gritando ‘para’ é porque eles estavam sendo atacados e não o contrário”, disse a delegada. 

Após o crime, Carlos teria entregado a arma para o tio, que é sargento da polícia. Depois, o PM foi preso e levado para o presídio militar em São Luís, onde ficará à disposição da Justiça. Ele foi autuado por homicídio contra José Willian e feminicídio contra Bruna Lícia.

Em depoimento o PM informou que estava em processo de separação, que há pouco mais de uma semana já havia começado a retirar suas roupas do local, tendo ido para a casa dos pais. Ele conta que havia ficado acertado que Bruna Lícia deixaria o apartamento.

Bruna Lícia. Foto: Reprodução Facebook.

Bruna Lícia foi sepultada durante a tarde deste domingo, 26, no cemitério Jardim da Paz, em São José de Ribamar.

Foto: Reprodução.
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