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Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de Sérgio Reis

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RIO DE JANEIRO | Autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) desencadeou uma operação na manhã desta sexta-feira (20) que realiza busca e apreensão em endereços ligados ao cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis.

O deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ) também é alvo dos agentes.

Os pedidos foram feitos pela subprocuradora-geral da República (PGR), Lindôra Araújo, e autorizados pelo ministro do STF, relator do inquérito das fake news na corte.

Segundo informações preliminares, a PF cumpre 29 mandados de busca e apreensão, ao menos em quatro endereços ligados ao cantor, na casa e no gabinete do deputado. O foco da operação seria a convocação de atos antidemocráticos para o dia 7 de Setembro.

Em nota, a PF informou que “o objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”.

Ameaças
Em áudio (ouça aqui) divulgado nas redes sociais, Sérgio Reis afirma que almoçou com Jair Bolsonaro e teve reunião com o presidente e “todos os ministérios, ministro da Defesa, generais do Exército, Marinha e Aeronáutica”.

Ele ainda diz que irá pessoalmente ao Senado, no dia 8 de setembro, acompanhado de empresários da soja e lideranças dos caminhoneiros para entregar a Rodrigo Pacheco “uma intimação” em que estaria descrito que “vocês tem 72 horas pra aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do STF”.

“Não é um pedido, é uma ordem. Assim que vou falar com o presidente do Senado”, diz.

“Enquanto o Senado não tomar essa posição que nós mandamos fazer, vamos ficar em Brasília e não saímos de lá até isso acontecer. E, se em 30 dias não tirarem aqueles caras, nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”, afirma.

A divulgação do áudio provocou reação até mesmo entre lideranças de caminhoneiros, que se apressaram em dizer que o cantor não os representa.

Em entrevista a blogueiro bolsonarista, Sergio Reis chorou, se mostrou arrependido e disse que achou Bolsonaro “muito abatido, muito doente”. Deprimido, ele cancelou a ida aos atos do dia 7 de Setembro.

A declaração fez ainda com que o cantor sertanejo virasse alvo de ação movida por 29 subprocuradores por subversão e incitação ao crime. A operação é baseada neste inquérito, que foi aberto na última quarta-feira (18).

Expressoam:

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