Manaus – “Eu não sabia que o meu parceiro ia matar ele, a intenção era só roubar. Estou arrependido”, disse Dieimerson Monteiro Silva, 23, conhecido como “Mião”, suspeito de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou o motorista de transporte alternativo Antônio Alves de Souza, 59 anos, no último sábado (4), no Santa Etelvina, na Zona Norte de Manaus.
De acordo com o delegado Juan Valério, titular da DEHS, Dieimerson e um comparsa, que já foi identificado pela polícia, mas continua foragido, entraram no alternativo e anunciaram o assalto. O comparsa de “Mião” seria o responsável pelo disparo que foi atingiu a nuca do motorista.
Os passageiros que estavam no coletivo contaram à polícia que Antônio não reagiu ao assalto. Dieimerson foi reconhecido pelo cobrador do veículo, que é filho de Antônio. Com ele foi apreendido um facão, utilizado no assalto.
Juan Valério ressaltou que as investigações em torno do caso continuam. Conforme o subcomandante do COE, tenente Aldo Ramos, no momento que foi encontrado, “Mião” já havia trocado de roupas, mesmo assim foi reconhecido por testemunhas.
Dieimerson disse que conhecia o comparsa somente de vista e que nunca tinha roubado nenhum coletivo antes. O suspeito, que é usuário de drogas há 5 anos, falou que se sentiu mal com a morte do motorista.
“Eu cometo assaltos sim, mas só em paradas, sempre faço arrastão nas paradas da Max Teixeira e na Torquato Tapajós. Eu juro que não sabia que o parceiro ia matar o motorista. Me senti mal quando soube que ele havia morrido. Era um pai de família, o cara trabalhador, me arrependo muito, se pudesse voltar atrás não tinha aceitado o convite para ir roubar”, falou o Dieimerson, completado que sente medo de morrer dentro da cadeia por causa da revolta que o crime causou na população.
O delegado, Denis Pinto, adjunto do DRCO, explicou que mesmo Diemerson não ter sido o autor do disparo, ele responderá pelo mesmo crime que o atirador, Latrocínio consumado, que tem pena de reclusão de 20 a 30 anos.
O titular do DRCO, Guilherme Torres, falou que assaltos em alternativos e em outros coletivos da cidade podem ser evitados com implantação de câmeras de segurança.
“As câmeras seguranças ajudam muito para a gente identificar os criminosos e inibem os assaltos também. A gente sabe que a segurança pública é dever do Estado, mas segundo a constituição ela é responsabilidade de todos. Nesse caso, nós ficamos sem uma prova técnica que poderia ajudar muito a esclarecer essa situação. Então, nós solicitamos aos proprietários desses veículos que estudem a possibilidade de instalar câmeras, não só para ajudar o trabalho da polícia, mas também para inibir a ação criminosa”, falou o delegado.
Guilherme Torres, solicitou, ainda, que todas as pessoas que estavam no alternativo no dia do crime compareçam à sede do DRCO para ajudar nas investigações. Com informações Portal Em Tempo.