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Polícia prende chefe de gabinete de Marco Feliciano flagrado em áudio com Patrícia Lélis

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São Paulo – O chefe de gabinete do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, foi preso preventivamente nesta sexta-feira, acusado sequestro qualificado, sob a suspeita de ter forçado a estudante Patrícia Lélis a gravar vídeos negando ter sido agredida pelo parlamentar.

O caso de violência e abuso sexual do deputado contra a militante do PSC de 22 anos foi revelado pela Coluna Esplanada, do UOL.

Segundo gravações e prints de conversas que envolvem o chefe de gabinete, a jovem e o deputado, Patrícia ameaçou fazer um boletim de ocorrência, relatando que tinha sofrido abuso, mas o chefe de gabinete pediu para ela recuar.

“Com todas as letras, ele deu em cima de mim mesmo de uma forma assim descarada. Me levou a fazer coisas à força, que eu tenho prova disso. Dentro da casa dele, falou que tava tendo reunião na UNE. Pra eu ir pra lá. Cheguei lá, e não tava tendo. Ele não me deixou sair, fez coisas à força. Eu tenho a mensagem para ele: ‘Feliciano, a minha boca ficou roxa’. Ele ri e diz: ‘Passa um batom por cima’. Eu tenho todas essas provas”, diz Patrícia na gravação.

O interlocutor, a quem é atribuída a identidade de Bauer, tenta minimiza.: “Você falou a verdade, não está fazendo favor a ninguém, você está fazendo um bem, de você perdoar, e posso pedir para você por uma pedra em cima?”.

Nesta sexta, Patrícia Lélis foi ao 3° Distrito Policial de São Paulo e registrou um Boletim de Ocorrência em que relata que se sentiu ameaçada por Talma. A jovem disse que, com uma arma na cintura, ele teria dito que se ela não voltasse atrás nas denúncias sobre o deputado Feliciano, poderia ocorrer um “mal maior” com ela.

O assessor de Feliciano foi detido e teve que prestar depoimento à Polícia sobre o caso. O delegado Luiz Roberto Hellmeister chegou a dizer que pediria a prisão de Talma por sequestro, coação e ameaça.

Por volta das 23h30 da ultima sexta-feira, um investigador da polícia encontrou uma nova testemunha. Um amigo de Patrícia que estava no hotel onde teria acontecido a ameaça.

Esse amigo foi levado para a delegacia e contou outra história para o delegado: Patrícia, segundo ele, recebeu 20 mil reais para gravar um vídeo na internet desementindo que Feliciano teria tentado estuprá-la.

Hellmeister apreendeu um tablet dessa nova testemunha, com um vídeo que o amigo fez das negociações para a gravação do vídeo.

Diante dessa testemunha e do vídeo, o delegado achou que a ameaça de morte não estava configurada e liberou Talma. Ele disse que a investigação prossegue, tanto da ameaça quanto do pagamento dos 20 mil, que podem configurar crimes de coação e corrupção.

Expressoam:

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