DISTRITO FEDERAL | Um homem agrediu um adolescente de 13 anos no rosto, usando um chinelo, em um condomínio do Guará II, no Distrito Federal, no último dia 26 de setembro. Câmeras de segurança do prédio registraram o momento da agressão.
A confusão teria começado por conta de uma brincadeira entre crianças. O pai de uma delas, Daniel Peruzzo Jardim, de 44 anos, que é agente administrativo da Polícia Federal e tem porte de arma de fogo, foi quem aparece nas imagens agredindo o adolescente.
De acordo com o advogado da família do menino, Júlio César da Silva Pereira, na noite do ocorrido um grupo de crianças brincava na garagem do condomínio. Elas teriam escondido o chinelo de uma menina, que foi reclamar com o pai.
“O homem desceu até a garagem e encontrou o par de chinelos ao lado do adolescente. Presumindo que teria sido o garoto que escondeu o chinelo da filha. O homem pegou a sandália e agrediu o menino com o calçado. Ele ainda bateu nele chamando o menino de ladrãozinho”, conta o advogado.
O menino agredido é filho do fisioterapeuta Victor Krisna Oliveira Rodrigues, de 46 anos. “Ele tomou partido da filha dele sem saber o que aconteceu. Bater em uma criança é algo muito grave”, diz o pai. O Instituto Médico Legal (IML) constatou uma lesão no nariz do garoto.
Sequelas
Segundo Victor, após o incidente, os filhos começaram a apresentar inquietação. “Meu filho não dorme, está choroso e não desce mais para brincar no prédio”, revela. O segundo filho do fisioterapeuta tem apenas 7 anos e presenciou o momento. “Ela é muito apegado ao irmão e bem mais emotivo.”
Ameaça
O advogado da família do garoto agredido, Julio Cezar da Silva Pereira, conta que a mãe, ao saber da situação, acionou a Polícia Militar. Segundo o defensor, o autor não se intimidou e teria dito: “Eu bato no PM e bato em você”.
O advogado revela que pretende ingressar com uma representação contra o agente administrativo da PF. “Vou pedir para ele não se aproximar do condomínio nem do menino, e vou entrar com uma ação por danos morais contra o condomínio por omissão”, destaca. “O menino não está conseguindo sair de casa, a mãe está pensando em vender o apartamento”, complementa.