Manaus – Em áudio, distribuído em diversos grupos de WhatsApp o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), teceu críticas duras após os advogados da coligação do governador Amazonino Mendes (PDT) ingressarem na Justiça Eleitoral pedindo a cassação do registro do candidato ao governo Wilson Lima (PSC), por suposta compra de votos, logo depois que um traficante preso pela Polícia Civil durante a “operação navalha” relatar que estaria comprando votos no município de Codajás, para o então candidato Wilson Lima.
As críticas, foram principalmente, contra o governador Amazonino Mendes, no áudio Arthur diz que a estratégia de inventar que o candidato Wilson Lima, que lidera as pesquisas de intenção de votos com larga vantagem, teria estado no município de Codajás e aliciado uma pessoa para comprar votos em seu nome, é típica de uma cabeça doente. “Adoeceu pela ânsia demasiada de poder”. E ele dá um aviso ao atual governador: “Fique, literalmente, na sua. Saia de um ambiente que não é mais seu. Abandone um poder que você não está exercendo com correção e, sobretudo, entenda que a mensagem do povo é cristalina, a de que tem que renovar”, ressaltou.
Após a divulgação da fala de Arthur, a Polícia Civil do Amazonas divulgou a seguinte nota:
A cúpula da Polícia Civil do Amazonas, instituição integrante do Sistema de Segurança Pública, vem a público reiterar seu compromisso de polícia judiciária para com a sociedade amazonense e em resposta às declarações do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, no qual acusa levianamente a instituição de auxiliar a campanha do atual governador, Amazonino Mendes, a Polícia Civil esclarece:
Na sexta-feira (19/10), a instituição deflagrou, em conjunto com a Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência (Seai) e Corregedoria Geral do Sistema de Segurança, em Codajás, a operação “Navalha”, a fim de desarticular um esquema de corrupção e tráfico de drogas naquela localidade. Na ocasião, o narcotraficante Diellisom Weendril Alves Pinheiro, o “Didi”, foi preso com armas e uma quantia de R$ 17 mil, no qual declarou em oitiva que o dinheiro seria utilizado para fins eleitoreiros. Com esse fato novo, todas as provas foram encaminhadas para os órgãos competentes, Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral, para que sejam objeto de investigação.
Lamentavelmente, constatou-se ainda que a delegada, Alessandra de Souza Braga, também tinha participação no esquema. Cumprindo nosso papel de polícia judiciária, efetuamos a prisão da servidora.
Consideramos irresponsável e leviana, toda e qualquer declaração que coloque em xeque a credibilidade dos policiais envolvidos na operação, que levou aproximadamente 48 horas para execução e finalização.
Por fim, destacamos que toda a ação foi absolutamente exercida com a confiança e legalidade impostas pelos cargos dos policiais civis que ali cumpriram o honroso papel de polícia judiciária do Estado do Amazonas.