Manaus – Em um pronunciamento o prefeito Arthur Neto, fez uma crítica ao reordenamento da rede estadual de saúde anunciado pelo Governo do Estado na semana retrasada e disse que não foi consultado pelo governador José Melo (Pros) sobre as mudanças, que incluem fechamento de algumas unidades de saúde.
Artur afirmou que, para ele, qualquer pessoa fica em segundo plano quando confrontada com os interesses da cidade de Manaus. “Entre Manaus e qualquer um, eu sou ”Manaus Futebol Clube”, disparou.
Ainda em depoimento o prefeito de Manaus disse a imprensa que o atual governador, tomou uma decisão sem o consultar, na ocasião em reinaugurava uma Unidade Básica de Saúde (UBS) MansourBulbol, localizada na avenida Desembargador João Machado, bairro Alvorada I, na Zona Oeste.
“Eu tenho certeza que, quando ele [o governador] quiser falar comigo, ele vai me ligar. E eu vou esperar”, ressaltou, ao definir como uma “atitude equivocada” o reordenamento do governo.
Artur Neto disse que deveria ter havido planejamento melhor e que a cidade não concordou com as mudanças. “Eu considerei que foi uma atitude não correta [o reordenamento], uma atitude equivocada. Teria que cortar em outras coisas”, afirmou.
Como efeito negativo das mudanças, o prefeito acredita que deve haver sobrecarga dos pronto-socorros e precarização dos serviços. “Vamos ver o que vai dar. Tomara que eu esteja errado e que essa experiência não renda nenhum prejuízo para povo”, afirmou.
O prefeito ainda espera que o governo reavalie os cortes porque, na avaliação dele, ainda tem “onde cortar” sem precisar fazer mudanças na saúde. “E isso é o que eu desejo que sua excelência [o governador] repita, medite e caminhe nessa direção porque… eu lamentei”.
“Então, talvez, uma autocrítica, que é normal em uma pessoa humilde… eu votei num candidato humilde. Eu votei num candidato que ouve as pessoas, [que] pensa. Eu votei nisso. E essa pessoa humilde que mereceu o voto de tanta gente em Manaus, e ganhou a eleição aqui e não foi no interior, ganhou aqui na minha cidade, essa pessoa deveria refletir e quem sabe ver outras coisas para cortar e cumprir com esse dever básico”, disse Artur Neto.
“Se está cumprindo esse dever básico [a saúde], pode fazer o Festival de Ópera, pode fazer o que quiser. Mas, se não tem o dever básico cumprido ainda deve suspender… quem sou eu para dar lição a uma pessoa tão experiente, mas, não ter porque financiar um festival de ópera e não financiar a saúde, enfim”, completou.
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