Manaus – Na manhã desta segunda-feira, a Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), recorrerá contra a decisão judicial divulgada na última sexta-feira que concedeu liminar favorável a dez empresas que operam no sistema de transporte coletivo em Manaus, o direito de reajustar a tarifa de ônibus em 12,37%. A informação foi repassada ontem pelo prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto (PSDB).
O prefeito diz acreditar que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) tenha “passado por cima de todos” e que o reajuste possa ser declarado uma ilegalidade.
Artur Neto informou que a prefeitura fará o que estiver ao alcance para reverter o quadro que considera injusto.
“O Sinetran resolveu judicializar a questão depois de reiteradas negativas minhas de majorar a tarifa. Considero o reajuste solicitado à justiça injusto e desnecessário. Não sou demagogo e não haveria de sê-lo em relação às tarifas de transporte público. Demonstraremos com argumentos sólidos, q o reajuste não cabe neste momento. Se coubesse, eu próprio assinaria o decreto de reajuste. Como não cabe, farei tudo que puder para evitá-lo”, detalhou o prefeito.
Liminar
Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) autorizou o reajuste de 12,37% na tarifa do ônibus na capital. Assim, o preço deve passar de R$ 3 para R$ 3,54, uma vez que o calculo é feito em cima da tarifa técnica, fixada atualmente em R$ 3,15.
A decisão liminar foi concedida pelo desembargador Ari Moutinho, acatando o pedido de dez empresas de transporte coletivo que operam em Manaus. O pedido foi feito no dia 31 de março, logo após o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal negar i aumento da tarifa de ônibus.
No pedido feito à Justiça, as empresas argumentaram que a prefeitura não vem honrando com o pagamento do subsídio de R$ 0,15, relativo à redução da tarifa técnica de R$ 3,15 para R$ 3, e por causa disso, a dívida chega a aproximadamente R$ 10 milhões.
A Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), afirmou que o pagamento do subsídio da Prefeitura por passagem ainda não tinha sido feito neste ano por questões técnicas e que isso deve ser resolvido até hoje.
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