MANAUS (AM) – A situação no município de Presidente Figueiredo (distante 128 quilômetros de Manaus) está precária. Moradores e trabalhadores rurais reclamam das péssimas condições nos ramais que têm impedido o direito de ir e vir livremente. Ainda segundo eles, a prefeita Patrícia Lopes (União Brasil), que se elegeu com a promessa de levar infraestrutura, não cumpriu com a palavra.
Conforme consta no Diário Oficial dos Municípios, do dia 28 de fevereiro de 2022, mais de R$ 15 milhões foram gastos com a empresa Infra Serviço de Obras de Terraplanagem e Pavimentação Eireli – EPP, inscrita no CNPJ nº 04.246.604/0001-73 para pavimentar ruas e ramais do município. Apesar da grande quantia em dinheiro, esses serviços não têm sido vistos pela população.
Na comunidade Cristo Rei do Uatumã, na Zona Rural, as crianças têm dificuldades de ir à escola. Em vídeos enviados à reportagem do Expresso AM é possível ver que o trajeto só é possível de botas.
Há muita lama e pedaços de madeira espalhados para ajudar na travessia. No entanto, a Cristo Rei não é a única que apresenta problemas na gestão de Patrícia Lopes.
Agricultores do ramal do Poraquê têm tido prejuízo com a falta de infraestrutura. Em tempo de chuvas, como estamos agora, é pior. Com a dificuldade na travessia, alguns carros não entram e algumas produções ficam paradas.
A agricultora Fabi Rocha, que cultiva pimenta-de-cheiro e piscicultura, disse que teve que parar com a produção de ovos. “Como não teve mais como o carro entrar no ramal justamente pelas péssimas condições, tivemos que parar”, explicou.
De acordo com eles, quem pode, a alternativa é descer do carro e ir a pé pelo caminho lamacento com a saca da produção nas costas.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Presidente Figueiredo e questionou sobre os problemas citados. No entanto, não obtivemos resposta.